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Nós somos o terceiro ano do ensino médio B, da Escola Estadual Professor Luís Magalhães de Araújo, este blog é será um meio de Avaliação, todo conteúdo será criado por nós alunos e será avaliado pela Professora Luciana Bugosi.
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Redação de Suspense


206

Ao entrar no hospital, Jane sentiu-se como acabara de atravessar um portal à levando para outra dimensão. Suas mãos transpiravam e as pernas trêmulas.
Apesar de sentir aquilo, ela tinha que ajudar sua avó, que respirava de forma ofegante e levava a mão ao peito, apertando a mesma como se quisesse agarrar aquela dor e arrancá-la, mesmo sendo em vão.
Os médicos levaram a senhora para a sala de emergência, sua neta queria acompanhá-la, porém a àrea era restrita aos funcionários especializados. Então voltou para a sala de espera e se sentou numa cadeira ao lado de um senhor. Ela apertava a barra do vestido com força, da mesma maneira que a avó apertava o peito, enquanto olhava para baixo de maneira isolada.
De repente Jane ouviu um choro resistente, quase que disfarçado, olhou para o lado e viu uma lágrima escorrer dos olhos tristes e desolados de um senhor que ali estava. Naquele momento sua garganta fechou como se houvesse algo barrando seu ar e o coração começou a bater aceleradamente. A garota fechou os olhos e levou a mão ao pescoço, mas quando abriu não estava mais lá.
Havia uma cama onde ela se encontrava, uma janela entre aberta, quadros e ursos de pelúcia no criado mudo e uma imensidão branca, nada no quarto tinha cor. Ela notou que se encontrava no hospital quando notou que haviam pranchetas no armário e fios ligados ao seu corpo e diretamente à uma máquina que media a frequência de seus batimentos cardiacos.
Como em um dejá vu, ela acordara daquele momento. mas não com a sensação de repetição, ela sentia que estava em outro corpo. Após isso olhou novamente para o lado e ao invés de ver aquele senhor, viu apenas uma cadeira vazia. Levantou-se e caminhou até a recepção procurando por informações de sua avó, porém nada lhe era esclarecido,  por certo pelo fato de não poderem fornecer  uma informação incerta, já que nem ao menos os médicos sabiam o que a senhora tinha.
A garota saiu sem que  fosse perecebida pelos corredores á procura da avó. Abria e fechava portas com sutileza perseptivel mesmo estando em apuros por dentro. Até o momento em que abriu a porta do quarto 206, seu corpo paralizou-se e os olhos arregalaram quando viu a semelhança do quarto de seu estranho 'deja vú' na frente de seus olhos.
Entrou, olhou na cama uma jovem magra, abatida, triste. Se aproximou, mesmo sentindo um certo medo daquela moça, como se ela pudesse a fazer algum mal apesar de tão invulnerável, que olhando para a janela disse:
- Enquanto há tanta vida lá fora, me encontro presa a essa cama. Sei que não ficarei neste mundo por muitos dias já que essas poucas palavras estão saindo com tanto esforço. Os meus me esqueceram, até mesmo meu pai que tanto apoiei! Sonhei com você sabe..., sabia que apareceria próximo a minha morte. Portanto te peço a ultima coisa, avise ao meu pai que não me esquecerei dele  apesar de tu...
Jane não acreditava que acabara de presenciar uma morte, e saiu desesperada procurando ajuda. Não conseguia tirar o pedido da jovem de sua mente, então começou a correr sem rumo pelo hospital. Para sua surpresa encontrou o senhor de face triste que estava sentado ao seu lado na sala de espera, e lhe pediu ajuda, dizendo que acabara de estar no 206  onde uma garota havia supostamente falecido.
 O homem empalideceu com o que ouviu e correu alucinado para o quarto, abriu a porta rápidamente e quando entrou suas pernas perderam o equilibrio. Ele caiu como num abismo, começou a se lamentar pela sua filha dizendo que não era digno de ser seu pai.
- Enquanto estava viva ela disse que jamais iria te esquecer apesar de tu...tudo!  - dice Jane que vinha atrás do rapaz. 
Agora ela se sentia leve e com sensação de dever cumprido, e voltando a recepção viu sua avó a chamando para voltar á casa, pois  deveria ficar de repouso após  a queda de pressão. Jane sabia que tinha uma missão naquele dia e também  sabia de que nada acontece sem um motivo.

Por: Luana Alves

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